sábado, 30 de julho de 2016

Quais os legados de uma copa, ou de uma tocha?

#BLOGdoMaracajá
Quais os legados de uma copa,
ou de uma tocha?
PDF 694



Primeiro eles chegaram trazendo ideias, e dizendo que deixariam legados, depois de suas estadias e permanências. Acreditamos em suas ideias e promessas e não falamos nada. Diziam que eram bem intencionados, tal como sempre disseram que poderíamos pertencer ao Primeiro Mundo, e ser um pais desenvolvido, um grupo de países criados por eles. Sempre acreditamos em suas promessas e não falamos nada. Fizemos o que era indicado e determinado.

Mas antes era necessário fazer uma prova, para demonstrar que seriamos capazes, de sediar eventos internacionais. Fizemos as provas e testes, cumprimos as promessas e não recebemos nada, sempre havia uma falta ou uma pendencia. E era necessário repetir as provas ou fazer uma dependência. As obras, comportamentos e benfeitorias,  tal qual uma escola. Cooptaram prefeitos para defender suas ideias.

Em um momento longínquo da história nos disseram que não deveríamos acreditar em deuses, apenas em um único Deus, o deus que eles trouxeram representado por uma cruz. Acolhemos o seu Deus e não falamos nada, era necessário rezar em silencio. A cruz tornou-se régua, esquadro e compasso, para realizarem as suas obras, de prédios, casas ou igrejas. A cruz proporcionou a tecnologia, com a construção de tabelas e gráficos.

Disseram que devíamos fazer obras e reformas em portos e aeroportos. para que pudéssemos bem receber, em suas chegadas. Reformamos e ampliamos portos e aeroportos e não falamos nada, poderíamos ter novos portos e novos aeroportos como legados deixados. Criamos uma acessibilidade climática em tudo que foi construído, para que não sentissem diferenças e problemas, com climas e temperaturas diferentes, dos seus países de origem. Sofremos alguns blecautes, por excesso de demanda de energia. Foi necessário fazer um racionamento, pela falta de chuvas. Valores aumentados e fornecimentos sobretaxados foram necessários para reduzir o consumo. Tal como na história, um dia abrimos os portos as nações amigas. Na atualidade oferecemos modernos portos e aeroportos, para grandes aviões e navios. Tudo para receber aqueles que se dizem amigos.

E nos disseram que para suprir a demanda de energia elétrica era necessário construir parques eólicos. Evitar outras tecnologias, que os colocassem em perigo, como a energia atômica que poderia produzir bombas. O argumento era que a energia eólica é uma energia limpa, diferente de outras que já nos disseram ser mais viável, pela existência de inúmeros rios. Acreditamos e inundamos as matas, matamos a vida silvestre.

E agora surgem com a energia eólica, dizendo que não nos faltam ventos. E já possuem um conhecimento, para vender a ideia de uma nova tecnologia. Não haveria problema, já que eles tem uma alta tecnologia. Poderiam suprir tudo que era necessário, com recursos humanos de alta capacitação, conquistada por longas datas. Eles conhecem os ventos por seus satélites e aviões. Bastaria que tivéssemos mão de obra disponível, para pegar no pesado. Abrir picadas e desmatar novos espaços.

Disseram também que o novo aeroporto em São Gonçalo do Amarante/RN poderia ser um HUB. Estão sempre a postergar uma decisão e uma solução, e até agora não aconteceu nada. Apontam dificuldades e necessidades para criar um HUB e oferecer novos empregos. Aguardamos a decisão e fazemos tudo que pedem, e não falamos nada.

Disseram que era necessário abrir estradas e construir novas ruas e novas avenidas. Alargar e promover passagens e caminhos, construir sistemas binários evitando semáforos, para chegarem e partirem de suas origens e seus destinos, portos e aeroportos, arenas ou estádios, pousadas ou hotéis.

No Rio de Janeiro/RN, desaprovaram a avenida e o elevado junto a região portuária, o local dos navios. E era necessário destruir o viaduto, um elevado,  construindo um parque e um túnel, e não falamos nada, começando logo as obras. As vigas de ferro e aço do elevado, sumiram no desmonte da obra, e até hoje não foram encontradas. Embora fossem necessário carretas para serem transportadas.

Disseram que era necessário demolir estádios de futebol e construir arenas, mais modernas e mais confortáveis. Demolimos estádios que representavam uma história esportiva, e não falamos nada. Construímos arenas com suas tecnologias, criando acomodações que disseram ser necessárias, e não falamos nada. Grupos construtores e administradores de obras, aproveitaram-se das obras e das reformas, usando de seus poderes, fartaram-se em sobre preços e propinas.

As arenas agora estão sendo subutilizadas e não falamos nada. Os administradores de arenas dizem que estão trabalhando no vermelho, e não tem mais como suportar o contrato de construção e exploração. E agora disponibilizam a venda, nos oferecem para comprarmos, com preços superfaturados.  Tudo indica que vamos comprar e não falaremos nada. Já que sempre aceitamos tudo calado, agora não podemos falar nada.

Das terras descobertas levaram ouro e prata, impuseram seus impostos, diminuíram nossas reservas minerais. E sempre estivemos endividados. Levaram areia monazítica e fizeram grandes descobertas. Agora levam navios carregados de sal, dizendo ser barato e de alta qualidade. E não falamos nada. Colocam satélites para vigiar e pesquisar, e não falamos nada.

Ainda existem alguns minerais com uma grande fartura. Água, petróleo e nióbio. E tudo que quiserem poderá ser levado, pois sempre assistimos tudo e não falamos nada.



MaracajÃ%202¡.pngRoberto Cardoso (Maracajá)
em 30/07/2016

Colunista em  Informática em Revista
Branded Content (produtor de conteúdo)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico FAPERN/UFRN/CNPq

Plataforma Lattes
http://lattes.cnpq.br/8719259304706553




Quais os legados de uma copa,
ou de uma tocha?
PDF 694

Texto em:

Palavras chaves:
Brasil, Copa do Mundo 2014, Olimpíadas 2016
Legados da Copa 2014; Legados da Olimpíadas 2016

Keywords:
Brazil, the 2014 World Cup, 2016 Olympics
Legacies of the 2014 World Cup; Legacies of the 2016 Olympics

Palabras claves/Contraseñas:
Brasil, la Copa Mundial 2014, Juegos Olímpicos de 2016
Legados de la Copa del Mundo de 2014; Legados de los Juegos Olímpicos de 2016

Mots-clés:
Brésil, 2014 Coupe du Monde, Jeux Olympiques de 2016
Legacies de la Coupe du Monde 2014; Legacies des Jeux olympiques de 2016

Parole chiave:
Brasile, i Mondiali 2014, Olimpiadi del 2016
Lasciti della Coppa del Mondo 2014; Legati delle Olimpiadi 2016





MaracajÃ%202¡.png
Roberto Cardoso (Maracajá)
em 30/07/2016

Colunista em  Informática em Revista
Branded Content (produtor de conteúdo)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico FAPERN/UFRN/CNPq

Plataforma Lattes
http://lattes.cnpq.br/8719259304706553



Produção Cultural e Intelectual



4 comentários:

  1. Adorei seu texto. Assino embaixo e como voce eu tb fico incomodada com este silêncio ensurdecedor.parabéns! Muito bem escrito!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mesmo sendo um(a) anônimo(a), comentou seu incomodo pelo silencio

      https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1840901989530408&set=a.1428752444078700.1073741831.100008318747352&type=3&theater

      Excluir
  2. Adorei seu texto. Assino embaixo e como voce eu tb fico incomodada com este silêncio ensurdecedor.parabéns! Muito bem escrito!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mesmo sendo um(a) anônimo(a), comentou seu incomodo pelo silencio

      https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1840901989530408&set=a.1428752444078700.1073741831.100008318747352&type=3&theater

      Excluir